Na manhã de 30 de agosto, as crianças do Hospital Regional do Câncer de Passos tiveram uma surpresa que mudou a rotina delas. Juntamente com a equipe do hospital e seus pais, elas participaram da implantação do Projeto Dodói, uma parceria da Abrale (Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia) com o Instituto Maurício de Souza.
O projeto é composto por uma boneca da Mônica ou do Cebolinha, além de um kit de primeiros socorros de brinquedo e revistinhas da turma da Mônica que abordam o câncer infantojuvenil por meio da personagem Maria.
De carinhas pintadas com personagens da turma da Mônica, os olhinhos brilharam e um sorriso estampou-se no rosto de cada uma delas quando a equipe, depois de apresentar o projeto, mostrou o kit atrativo. Foi o que bastou para os presentes sentirem a alegria brotando naquelas crianças que passam por tratamento oncológico no HRC.
“Quando soubemos desse projeto, tivemos um entusiasmo e crença de que seria uma oportunidade de levarmos um pouco mais de felicidade a estas crianças porque é muito difícil vê-las tristes.
Queremos que elas entendam que o hospital é um ambiente onde se vive muita dor, mas também onde se encontra muito amor”, pontuou a psicóloga do HRC Thais Lopes. Segundo informa, cerca de 15 crianças, que hoje estão em tratamento no HRC, deverão participar do novo projeto. “O objetivo é facilitar os processos de expressão de sentimentos e de comunicação e integração entre a criança internada e a equipe, contribuindo assim para seu reestabelecimento mais rápido e confortável”, destacou.
Para o provedor da Santa Casa de Passos, Vivaldo Soares Neto, “projetos como esse contribuem bastante para a humanização, um dos pilares e valores da instituição. Unir o brincar e o lúdico ao tratamento oncológico infantil é uma forma assertiva de criar um clima mais sereno que pode propiciar melhores resultados, sobretudo emocionais, tanto para a criança como para a sua família”.
O HRC é o único hospital do Sul de Minas a aderir ao projeto. Em 25 junho, as profissionais Bruna Sazae, terapeuta ocupacional; Thais Lopes, psicóloga; Dayane Nunes, nutricionista; Eliane Antônia, assistente social e Maria Cecilia, enfermeira receberam uma capacitação em São Paulo sobre como implementar o projeto e avaliar os seus resultados, de forma lúdica e dentro do universo infantil.